By the way....

O projeto de escrever um livro (de verdade) vai aos trancos e barrancos... pois se estou em casa, fazendo nada, é porque tive que ir ao invés de trabalhar ou malhar por estar cansado. Mas está saindo... enquanto isso, ando lendo o livro da Gabrielle Hamilton, muito inspirador ver como ela abriu o Prune em NY. E o República Gastronômica da China também é sensacional. E tantos outros... quem sabe eu não sou o próximo ?

De volta ou não.

Não devo mais ter tantos leitores após dois anos de paralização, então posso começar a derramar meus planos de futuro próximo : tentar abrir e não enterrar no rabo um restaurante. A procura por imóveis tem sido frustrante e a perspectiva de fracasso meio que as vezes me fazem torcer para tal lugar não estar disponível, mas minha futura sócia tem me empurrado em direção ao fabuloso desconhecido. Simplesmente espero que este se torne o blog oficial de meu restaurante ainda não nascido. Que bom estar de volta, dois anos sem cozinhar parecem muito tempo... ..estou ajudando família nos negócios e mantendo um olho em meus pais enquanto desleixadamente gasto o dinheiro deles na inconsciente busca por compensação de (ter que) me voluntariar a estar em uma cidade que não quero, fazendo o que não quero, em uma situação não-desejável, me relacionando com pessoas pouco desejáveis. Meus amigos de infância casaram, mudaram-se, formaram-se, e para eles, meu cozinhar deveria ser mais um dos passatempos que ELES cultivam, assim como cuidar dos filhos, dos cônjuges, da pintura da casa são mais importantes do que qualquer coisa que seja importante para mim, e isso me deprime e ressente um pouco. Quero agora, dar à luz ao meu bebê, criá-lo, nutri-lo até que ele cuide de mim também. Na verdade, não há nada para mim aqui que seja de verdade significativo a não ser o que sempre será e não é mutável - a presença da família e a familiaridade toda da vida que levo. Será que eu mereço, enfim, ser feliz mesmo que falindo meu sonho ? Não faço o tipo sonhador.