Terca-feira, um dia qualquer de Agosto;
Sol brilhando, apesar da temperatura baixa de Queenstown, acordei as oito me sentindo absolutamente derrocado da noite de despedida anterior que apesar de nao ser a mais movimentada foi com certeza um noite bons e poucos amigos e as nove da manha teria o cafe-da-manha com a dona do restaurante e o executive chef para formalizar minha despedida, confesso que foi dificil disfarcar a ressaca mas tudo correu bem. Ao meio-dia ja estava de posse de minha van, uma Toyota HIACE 2.4 a gasolina equipada com tudo que o viajante solitario precisa e a uma da tarde ja estava com tudo dentro da minha casinha provisoria e pronto para encarar a estrada pelos proximos cinco dias pelo menos, achei incrivel o quanto podemos juntar de tralha em tao pouco tempo pois a van estava absolutamente lotada ao ponto de dar gracas a Deus eu estar indo sozinho.
Sai de Queesntown no maior astral : Sol brilhando, Lynyard Skyniard tocando no CD player, oculos escuros chapeu de cowboy e minha vanzona camponesa me achando o proprio caminhoneiro mas como tudo que eh legal em minha vida, durou pouco - o tempo fechou depois de uns trinta kilometros e de repente estava na serra dos remarkables bem no olho de uma tempestade com direito a ventos lufantes e chuva lateral e por vezes a van quase foi atirada para fora da estrada (eu nunca aprendo a contar com ascondicoes asperas da NZ) e em um certo ponto eu reparei que o asfalto estava brilhando anormalmente bem no meio de uma reta longa : quando me dei conta que era gelo, tirei o pe do acelerador e pensava "mundo... ...eu te odeio por me matar tao covardemente..." e no final das contas consegui chegar apenas em Dunedin e teria que recuperar o tempo perdido nos dias subsequentes, apesar de estar estranhamente nao me importando. Nao sabia ainda como seria dormir na van, procurei um trailer parque e achei um bem legal por NZ$ 15,00 a noite com power site (que tem uma tomada para ligar a eletricidade dentro) e estava tao cansado que sinceramente nao estava afins de socializar com os outros viajantes destemidos, comprei alguma comida no mercado local e fui dormir - montei a cama que fica no teto da van (que corre sobre trilhos na parte mais alta) liguei meu carregador de celular na tomada e fiquei lendo um livro ate dormir embalado pelo leve rufar do aquecedor.
Dormir na van nao era uma experiencia tao ruim quanto pensei.
Dia seguinte, estava de pe as oito e meia da manha e nao esperei - o dia estava verdadeiramente iluminado - ceu azul, sem nuvens e com uma temperatura longe de ser agradavel sem ser extremamente fria como em Queenstown, me vesti, tomei uma ducha no banheiro central (muito limpo) e nao conseguia esperar para cair na estrada.
Putz, escrevi um post enorme, o micro deu pau e perdi mais da metade do texto, esse foi o que consegui recuperar...
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