terça-feira, outubro 12, 2004

Mais um dia no Paraiso

Hoje, tive que resolver problemas de imigracao.
Quando eh que foi que alguem chegou em um lugar e pensou "essa terra eh minha, e so entra quem eu permitir ?" pois ainda nao consigo aceitar que lugares como a Australia barram a entrada de brasileiros por pura e simples arbitrariedade - afinal, o mundo nao eh de todos nos ? Quem eh que declarou que aquele pedaco de terra e de alguem e vc nao pode pisar ?
Diplomacia, ao meu ver, deveria ser um conceito muito mais amplo do que rever questoes comerciais e evitar guerras, diplomacia seria permitir que cidadaos do mundo tivessem acesso a ele e nada mais, acesso ao mundo, nos mortais que vivemos aparentemente uma vez so, so temos o privilegio de conhecer nosso mundo se formos ricos ou muito espertos...
O mundo eh muito pequeno para se restringir ao pais em que voce nasceu, talvez todos devessem conhecer diferentes povos, nacoes e costumes para aprender a tal da humanidade : em alguns paises pode-se tudo e aceita-se todos os tipos de gente e em outros nao pode-se nada e certos comportamentos sao tidos como ilegais/imorais/engordativos e ainda assim, conhecendo melhor o que se passou e passa nestes lugares voce entenderia o porque das pessoas serem tao diferentes apesar de estarem vivendo no mesmo mundo e serem humanos como todos nos, doa a quem doer.
Mas voltando ao assunto, peguei um formulario que pediu mais dois, mais documentos mais provas de que nunca fui julgado, preso, indiciado, infectado, pecaminoso e que minha mae se orgulharia de mim; sou a perfeicao em pessoa e ai de quem duvidar disso (bem, a imigracao duvida) e ai de mim se confessar que ja tive o absurdo pensamento de ficar aqui - ai o bicho pega mesmo.
Apos pegar e pesquisar todos os formularios fui trabalhar naquela monotonia de sempre, pus meu uniforme manchado, limpei a cozinha toda e fiquei horas e horas sem fazer nada devido a baixa temporada em Queenstown que nos assola e devasta (principalmente financeiramente).
Apos o trabalho, fui ao PUB que frequento e descobri que Camilla (a galinha de borracha pendurada atras do balcao) havia sido sequestrada e um bilhete feito de recortes de jornal pedindo o resgate ocupava o lugar tradicional de Camilla. O staff estava em polvorosa em busca de Camilla, e fotos dela estavam sendo impressas nas caixas de leite com os dizeres "Voce viu esta Galinha ?" na tentativa desesperada de encontra-la com vida; apos algumas cervejas percebi que as pessoas estavam seriamente discutindo sobre o sequestro, provaveis suspeitos, circunstancias e rastros inutilmente : os sequestradores sao profissionais e nao deixaram vestigios.
Apos uns vinte minutos, perguntei se estavamos seriamente discutindo o sequestro de uma galinha de borracha e recebi olhares reprovadores dos quais, rebati com um "entao... ...sera que vao mandar uma espora dentro de uma caixinha ?" para alivio de meus colegas de bar.
As coisas aqui em casa estao meio surreais, na verdade me sinto em meio a uma novela do Manoel Carlos (se eh que eh o nome dele) de tanta banalidade e chatice, contas de luz a serem contestadas, lavanderia em constante funcionamento e faxinas incriveis tomam as minhas manhas. A vida anda bem enfadonha por aqui.
Na verdade, estou apenas cansado, e nem sei o que estou escrevendo e para que.

Talvez para ter a sensacao de estar contando para alguem.
Alguem que se importe, bem claro.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi rick (ale-ultra-mega-style) to my Blond Ambition...Gente sinto lhe informar mas foi eu que sequestrei a Camilla...
Depois entro em contato para mais informções...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

beijos mil !

 
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