quinta-feira, setembro 17, 2009

Tendências.


Bem, de tudo que tenho lido e visto, tenho idéias.

Apesar da onda brasileira (contemporânea) ainda vejo uma certa dúvida do grande público em pagar mais por pratos conhecidos, ainda que repaginados e executados com técnicas de ponta, o público ainda não está realmente preparado para uma autêntica brazilian cuisine mas estamos a caminho e os chefs estão trabalhando para tornar nosso terroir atrativo, mas em críticas que li, geralmente os gringos gostam mais disso do que os próprios brasileiros e infelizmente o lucro não virá dos gringos ocasionais acho eu. Se dão bem os que fazem fusion entre Brasil/França/Itália e Ásia.
Claro que temos o Mocotó, mas como toda regra exitem exceções...
Apesar de termos nossa culinária diversa e maravilhosa, os brasileiros estão interessados no mundo - francês contemporâneo ainda lidera e uma crescente curiosidade pela Ásia está surgindo quando não pela fusão entre eles. Como estou em São Paulo claro que a Italiana não preciso nem mencionar, agrada sempre principalmente nas refeições em família mas o que nossos gourmets amadores procuram cada vez mais é a reinvenção do que provavelmente muita gente nem conhecia originalmente que são os clássicos;o que talvez explicaria a fascinação crescente pela simplicidade e informalidade dos bistrôs - os que já conhecem querem ser surpreendidos e os que não conhecem querem conhecer ainda que esteja adaptado ao seu paladar digamos, mais moderninho. Mas não pensem em Nouvelle Cuisine, graças a Deus essa onda já passou e deixou coisas muito ruins e coisas muito boas também como a manutenção dos sabores e frescor dos ingredientes.

Irlandeses e Ingleses estão também invadindo SP, já ouço os rumores de sucesso mas não sei realmente como pratos desses países vão se virar no Verão brasileiro quando abandonamos sopas e batatas em busca de coisas mais leves... ...claro que ambas possuem pratos mais leves que as tradicionais comidas de Pub, mas estou curioso para ver o que os chefs farão em seus cardápios sazonais, me soa a desafio.

Enfim, tem espaço para todos, mas eu estou de olho nos lugares que fazem fila atualmente e para cada brasileiro tem três outros de culinária diversa também fazendo fila na porta.
Devem me achar um traidor por não fazer propaganda de nosso terroir, mas além de cozinheiro sou um bacharéu em Marketing, lembrem-se disso sempre - fui educado a visar mercados, tendências e claro, a possibilidade de obter lucro com o que está na onda.

E sinceramente, se fosse abrir um restaurante, abriria um bistrô.
Antes que me esqueça, eu odeio gastropubs e detesto a idéia de misturar o lugar onde se bebe à o lugar onde famílias vão comer, ou é um restaurante com um bar (ambas partes divididas e demarcadas) ou se é um PUB onde pessoas vão entornar drinks e assistir seus esportes favoritos no telão enquanto comem comida rápida, engordurada e pesada para amenizar os efeitos do álcool que continuará vindo em doses paquidérmicas.

Mas as coisas estão mudando, os gostos estão mais diversificados aos poucos e as pessoas estão experimentando devagar o novo.
E quando tivermos uns sete Ferran Àdrias, será que as pessoas vão sentir saudade da comida reconhecível aos olhos ? Será possível voltar à simplicidade ?
Tomara que sim.

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